12 de dez. de 2010

CDO

Eu estudava no Dom Orione na parte da manhã, e claro que sempre tinha que levar uns cascudos para acordar e ir para a escola (minha mãe dava uns "coques" doídos na cabeça que ai ai ai). Devia ser uma tortura para ela fazer aquilo todos os dias (sei não!!!) rs.
Eu confesso que era uma peste travestida de gente.
A minha salvação é que eu sempre gostei de estudar, da leitura, do conhecimento. Na verdade, eu sou uma curiosa de nascença. Quero saber tudo, e ao mesmo tempo. É uma coisa!
Bem, eu ia pra escola, e lá era meu reduto
Sempre rodeada de amigos, e apaixonada pelo esporte
Meu sonho era entrar no time de vôlei, além de conseguir dar um drible na D. Tereza da Skylib ( o local mais frequentado pelos jovens da cidade), mas isso é papo para outro momento.
Bem, a aula terminava lá pelas 11:30 h. Porém, eu e minha turminha de moleques e molecas, claro, não íamos para casa.
A gente tinha um esquema. Quando estava chegando a hora de do sinal tocar, um a um, íamos saindo alegando dor de barriga ou alguma coisa terrível. A professora, coitada, acreditava, pois naquele tempo não se imagina que podia haver menor infrator dentro da sala de aula.
Pois bem, cada um que saia ia para a área de recreio e se escondia debaixo das mesas de ping-pong.
As porteiras, cansadas que estavam de lidar com tanto adolescente terrível, se nos via, fingia que não via. E nós ficávamos jogando ping-pong até 1 da tarde
Era maravilhoso. Vale dizer que onde eu estava só jogava quem sabia porque eu detestava "pato"(nome dado a quem não sabia jogar direito). É claro que tínhamos que comprar bola de ping-pong todos os dias, porque eu sempre quebrava as bolas. Devo dizer, que eu era boa naquilo.
Nessa  brincadeira, ficávamos até a turma da tarde chegar. Quando isso acontecia, já sabíamos que a malvada ia chegar. D. Miriam ( que Deus a tenha) nos descobria no meio dos outros alunos e nos botava para fora da escola. Saíamos correndo mesmo esbaforidos. Ia todo mundo molhado de suor, e morto de fome para casa. Eu, já sabia que mamãe ia passar uma meia hora me falando o quanto eu era uma moleca sem rumo. kkkkkk.
Pensa que acabou? Nada disso. Eu descansava até 3 da tarde, e vestia meu eterno shortinho preto (mini), e a blusa do colégio, e ia pro colégio. Eu sabia que era hora do treino de volei das meninas. Nessa época, eu era um pouco cheinha...rsrs, apesar de não saber porque se eu não parava quieta.
Bem, de tanto eu ficar observando o jogo, um dia o professor Zé Borges, o treinador, acho que entediado com as meninas tão quietinhas, virou para mim e perguntou se eu podia completar o time.
Eu fiquei louca, mas disfarcei, e claro já entrei na quadra.
Entrei descalça (kkkk) na posição 6. Nunca mais saí......Foi uma parceria de quase 15 anos, pois depois que terminei a escola continuamos juntos pelo time da cidade.
Como era bom!!!! Meu Deus!!! Viajamos pelo Maranhão, Tocantins, e dificilmente perdíamos um jogo. É claro, que eu não era a melhor, até mesmo pela minha estatura, mas eu me sobressaia em todas as posições, e ajudava muito o time. Além do mais, eu era extremamente competitiva e agressiva e isso era um ponto muito positivo, pois as meninas do outro time ficavam um pouco amedrontadas com os gritos e provocações.
Mas enfim, foi uma fase maravilhosa. Aliás, minha infância e adolescência, salvo raras exceções foi maravilhosa. Brinquei como um moleque, jogando na rua descalça, fosse futebol, volei ou queimada, que eu fazia questão de deixar as meninas queimadas (roxinhas) por dias...kkk.
Me perdoem meninas, pela maldade...mas que era bom era.
Hoje, quando volto ao Dom Orione fico muito triste, com as mudanças, para pior, aplicadas pelo MEC. Não há mais educação física. Bem, até há, mas no horário de aula ( ninguém merece ficar todo suado, e voltar para a sala de aula depois de fazer educação física. Só mesmo um idiota de carteirinha teria uma idéia de gerico dessa, mas no MEC é só o que tem, por isso viva a idiotice).
Assim, por ter tido uma vida tão feliz na minha fase de formação, tenho conseguido me manter sã até hoje, mesmo tendo que enfrentar leões todos os dias para sobreviver. Por isso, sou favorável a que uma criança cresça brincando e integrada à sociedade, seja através do esporte, seja através da música ou similares, desde que lícitos, só assim teremos crianças mais felizes, amorosas, que gostem de estar em família e sejam mais humanas.

4 comentários:

  1. SHOW!
    QUE MARAVILHA!
    DEVE TER SIDO MARAVILHOSO VIVER TUDO ISSO.

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  2. MENINA!
    MENINA!
    EU FUI UMA PATAAAAAAAAAAA EM AULA DE EDUCAÇÃO FISICA.
    AINDA BEM QUE TINHA AMIZADE COM O PROFESSOR E ELE ME AJUDAVA PASSAR...

    KKKKKKKKKKKKK

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